segunda-feira, 6 de junho de 2011

Insônia

Passando para dar o ar da graça.... antes que pensem que desisti da dieta, acompanhe a evolução lá no outro blog....hehehehe..... BOAS NOTÍCIAS!!!!

Acabo de chegar de mais uma apresentação do Coral. Lá Centro Espírita Trabalhadores da Seara de Cristo. Foi muito emocionante.

Noite passada, foi horrível. Insônia terrível, que não me permitiu dormir antes das 2 horas....tô morta de sono.

Procurando explicações para a insônia, eis que encontro um poema de Álvaro de Campos (pseudônimo de Fernando Pessoa), que versa sobre este mal, que me persegue. Compartilho aqui com vcs.

Beijos,


Insónia (Álvaro de Campos)

Insónia Não durmo, nem espero dormir.
Nem na morte espero dormir.
Espera-me uma insónia da largura dos astros,
E um bocejo inútil do comprimento do mundo.


Não durmo; não posso ler quando acordo de noite,
Não posso escrever quando acordo de noite,
Não posso pensar quando acordo de noite —
Meu Deus, nem posso sonhar quando acordo de noite!


Ah, o ópio de ser outra pessoa qualquer!
Não durmo, jazo, cadáver acordado, sentindo,
E o meu sentimento é um pensamento vazio.
Passam por mim, transtornadas, coisas que me sucederam


— Todas aquelas de que me arrependo e me culpo;
Passam por mim, transtornadas, coisas que me não sucederam
— Todas aquelas de que me arrependo e me culpo;
Passam por mim, transtornadas, coisas que não são nada,
E até dessas me arrependo, me culpo, e não durmo.


Não tenho força para ter energia para acender um cigarro.
Fito a parede fronteira do quarto como se fosse o universo.
Lá fora há o silêncio dessa coisa toda.
Um grande silêncio apavorante noutra ocasião qualquer,
Noutra ocasião qualquer em que eu pudesse sentir.


Estou escrevendo versos realmente simpáticos —
Versos a dizer que não tenho nada que dizer,
Versos a teimar em dizer isso,
Versos, versos, versos, versos, versos...
Tantos versos...


E a verdade toda, e a vida toda fora deles e de mim!
Tenho sono, não durmo, sinto e não sei em que sentir.
Sou uma sensação sem pessoa correspondente,
Uma abstracção de autoconsciência sem de quê,
Salvo o necessário para sentir consciência,
Salvo — sei lá salvo o quê...


Não durmo. Não durmo. Não durmo.
Que grande sono em toda a cabeça e em cima dos olhos e na alma!
Que grande sono em tudo excepto no poder dormir!
Ó madrugada, tardas tanto... Vem...

Vem, inutilmente,
Trazer-me outro dia igual a este, a ser seguido por outra noite igual a esta...
Vem trazer-me a alegria dessa esperança triste,
Porque sempre és alegre, e sempre trazes esperança,
Segundo a velha literatura das sensações.

Vem, traz a esperança, vem, traz a esperança.
O meu cansaço entra pelo colchão dentro.
Doem-me as costas de não estar deitado de lado.
Se estivesse deitado de lado doíam-me as costas de estar deitado de lado.
Vem, madrugada, chega!

Que horas são? Não sei.
Não tenho energia para estender uma mão para o relógio,
Não tenho energia para nada, para mais nada...
Só para estes versos, escritos no dia seguinte.
Sim, escritos no dia seguinte.

Todos os versos são sempre escritos no dia seguinte.
Noite absoluta, sossego absoluto, lá fora.
Paz em toda a Natureza.
A Humanidade repousa e esquece as suas amarguras.
Exactamente.


A Humanidade esquece as suas alegrias e amarguras.
Costuma dizer-se isto.
A Humanidade esquece, sim, a Humanidade esquece,
Mas mesmo acordada a Humanidade esquece.
Exactamente. Mas não durmo.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Viver não dói - Drummond

No mesmo tema FIB - felicidade interna bruta, compartilho o texto do grande Drummond.
beijos,

Viver não dói

Definitivo, como tudo o que é simples, nossa dor não advém das coisas vividas, mas das coisas que foram sonhadas e não se cumpriram.
Por que sofremos tanto por amor?
O certo seria a gente não sofrer, apenas agradecer por termos conhecido uma pessoa tão bacana, que gerou em nós um sentimento intenso e que nos fez companhia por um tempo razoável, um tempo feliz.
Sofremos por quê?
Porque automaticamente esquecemos o que foi desfrutado e passamos a sofrer pelas nossas projeções irrealizadas, por todas as cidades que gostaríamos de ter conhecido ao lado do nosso amor e não conhecemos, por todos os filhos que gostaríamos de ter tido junto e não tivemos, por todos os shows e livros e silêncios que gostaríamos de ter compartilhado, e não compartilhamos.
Por todos os beijos cancelados, pela eternidade.
Sofremos não porque nosso trabalho é desgastante e paga pouco, mas por todas as horas livres que deixamos de ter para ir ao cinema, para conversar com um amigo, para nadar, para namorar.
Sofremos não porque nossa mãe é impaciente conosco, mas por todos os momentos em que poderíamos estar confidenciando a ela nossas mais profundas angústias se ela estivesse interessada em nos compreender.
Sofremos não porque nosso time perdeu, mas pela euforia sufocada.
Sofremos não porque envelhecemos, mas porque o futuro está sendo confiscado de nós, impedindo assim que mil aventuras nos aconteçam, todas aquelas com as quais sonhamos e nunca chegamos a experimentar.
Como aliviar a dor do que não foi vivido?
A resposta é simples como um verso: Se iludindo menos e vivendo mais!!!
A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-se do sofrimento, perdemos também a felicidade.
A dor é inevitável. O sofrimento é opcional.

Felicidade - Vicente de Carvalho

Dia desses, minha colega Isabel, nos enviou um e-mail provocando que refletíssemos sobre a nossa FIB - felicidade interna bruta.
Das muitas mensagens que se seguiram àquele primeiro e-mail, a própria Isabel nos encaminhou este soneto, belíssimo, de Vicente de Carvalho, que trata sobre o tema F E L I C I D A D E.

Às vezes, nós aspiramos tanto sermos felizes que sequer reconhecemos e agradecemos a Deus o quanto já o somos.
Que sirva de reflexão para todos nós.
Beijos,


Felicidade - Vicente de Carvalho



Só a leve esperança, em toda a vida,
Disfarça a pena de viver, mais nada:
Nem é mais a existência, resumida,
Que uma grande esperança malograda.

O eterno sonho da alma desterrada,
Sonho que a traz ansiosa e embevecida,
É uma hora feliz, sempre adiada
E que não chega nunca em toda a vida.

Essa felicidade que supomos,
Árvore milagrosa, que sonhamos
Toda arreada de dourados pomos,

Existe, sim : mas nós não a alcançamos
Porque está sempre apenas onde a pomos
E nunca a pomos onde nós estamos.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

"Há pessoas que desejam tanto mandar, que se esquecem de pensar"

Novo Gerente

Uma empresa entendeu que estava na hora de mudar o estilo de gestão e contratou um novo gerente geral. Este veio determinado a agitar as bases e tornar a empresa mais produtiva.
No primeiro dia, acompanhado dos principais assessores, fez uma inspeção à toda empresa. No armazém todos estavam trabalhando, mas um rapaz novo estava encostado na parede com as mãos no bolso.
Vendo uma boa oportunidade de demonstrar a sua nova filosofia de trabalho, onovo gerente perguntou ao rapaz:
- Quanto é que você ganha por mês?
- Trezentos reais, porquê? - respondeu o rapaz sem saber do que se tratava.
O administrador tirou os R$ 300,00 do bolso e os deu ao rapaz, dizendo:
- Aqui está o seu salário deste mês. Agora desapareça e não volte aqui nunca mais!
O rapaz guardou o dinheiro e saiu conforme as ordens recebidas.
O gerente então, enchendo o peito, pergunta ao grupo de operários:
- Algum de vocês sabe o que este tipo fazia aqui?
- Sim Senhor - responderam atônitos os operários.
- Veio entregar uma pizza e estava aguardando o troco.
"Há pessoas que desejam tanto mandar, que se esquecem de pensar"

Luís Fernando Veríssimo

domingo, 1 de maio de 2011

Dieta

Amigos,
Iniciei há alguns dias um processo de reeducação alimentar.
Resolvi, até como uma forma de auto-incentivo, escrever um blog específico sobre o assunto. Se quiserem acompanhar minha luta diária é só acessar o Uma batalha por dia.
Leiam, comentem e, se possível, me incentivem!
Beijos,

terça-feira, 26 de abril de 2011

FlaxFLU na Semi-final

Confesso que não assisti ao jogo. Taí uma coisa que me deixa nervosa: jogo decisivo. Rôo as unhas, puxo os dedos, rezo, fecho os olhos, faço figa, desisto da figa....é uma tortura!
E quando o jogo, que é decisivo, vai para os pênaltis? Caramba! Isso é que é prolongar sofrimento.
Não resisti e fui pra frente da TV. Aí é um tal de tentar adivinhar quem acerta e quem erra, apenas pela expressão do jogador....confesso que acertei alguns palpites, mesmo torcendo para errar....risos
Não deu, FLU! Não deu, Fred!
Agora é focar na Libertadores!
Vamos nós!

segunda-feira, 25 de abril de 2011

MUDE, Por Edson Marques

Amigos, há algum tempo postei o texto abaixo como se fosse de Clarice Lispector. Hoje tomei conhecimento que a autoria do mesmo não é da genial Clarice. Mas de um outro grande escrito, até então, lamentavelmente, desconhecido para mim.
Que bom que ele acessou meu blog e deixou o comentário reclamando a retificação da autoria.
Edson Marques, a partir de hoje serei sua leitora lá em seu blog http://www.mude.blogspot.com/
Um abraço,

Ainda refletindo sobre as mudanças, a que a Páscoa nos remete, compartilho um texto de Edson Marques, que trata da necessidade humana de algumas mudanças, ainda que sutis, ao longo da vida.


MUDE


Mas,  comece devagar, porque a direção é mais importante que a velocidade.
Sente-se em outra cadeira, no outro lado da mesa.
Mais tarde, mude de mesa.
Quando sair, procure andar pelo outro lado da rua.
Depois, mude de caminho, ande por outras ruas, calmamente, observando com atenção os lugares por onde você passa.
Tome outros ônibus. Mude por uns tempos o estilo das roupas.
Dê os seus sapatos velhos. Procure andar descalço alguns dias.
Tire uma tarde inteira para passear livremente na praia ou no parque, e ouvir o canto dos passarinhos.
Veja o mundo de outras perspectivas.
Abra e feche as gavetas e portas com a mão esquerda.
Durma no outro lado da cama... depois, procure dormir em outras camas.
Assista a outros programas de tv, compre outros jornais... leia outros livros,
Não faça do hábito um estilo de vida.
Ame a novidade. Durma mais tarde. Durma mais cedo.
Aprenda uma palavra nova por dia numa outra língua.
Corrija a postura. Coma um pouco menos, escolha comidas diferentes,
novos temperos, novas cores, novas delícias. Tente o novo todo dia.
O novo lado, o novo método, o novo sabor, o novo jeito, o novo prazer,o novo amor. A nova vida. Tente.
Busque novos amigos. Tente novos amores. Faça novas relações.
Almoce em outros locais, vá a outros restaurantes, tome outro tipo de bebida compre pão em outra padaria.
Almoce mais cedo, jante mais tarde ou vice-versa.
Escolha outro mercado... outra marca de sabonete, outro creme dental...tome banho em novos horários. Use canetas de outras cores. Vá passear em outros lugares. Ame muito, cada vez mais, de modos iferentes.
Troque de bolsa, de carteira, de malas, troque de carro, compre novos óculos, escreva outras poesias. Jogue os velhos relógios, quebre delicadamente esses horrorosos despertadores. Abra conta em outro banco. Vá a outros cinemas, outros cabeleireiros, outros teatros, visite novos museus.
Mude. Lembre-se de que a Vida é uma só. E pense seriamente em arrumar um outro emprego, uma nova ocupação, um trabalho mais light, mais prazeroso,mais digno, mais humano.
Se você não encontrar razões para ser livre, invente-as. Seja criativo.
E aproveite para fazer uma viagem despretensiosa, longa, se possível sem destino.
Experimente coisas novas. Troque novamente. Mude, de novo. Experimente outra vez. Você certamente conhecerá coisas melhores e coisas piores do que as já conhecidas, mas não é isso o que importa.
O mais importante é a mudança, o movimento, o dinamismo, a energia.
Só o que está morto não muda !
Repito por pura alegria de viver:
a salvação é pelo risco, sem o qual a vida não vale a pena!!!!

Clarice Lispector

sábado, 9 de abril de 2011

Saudade de Casa

É bem difícil morar longe de casa. Passar um final de semana inteiro muitas vezes sem ver ninguém.



Mesmo morando há tantos anos em Salvador, ainda não me permiti estabelecer laços aqui. Fincar raízes, como dizem.


Sei que isso é algo que eu poderia modificar, mas confesso que não me sinto nem um pouco motivada a tal mudança.


Hoje é mais um desses dias em que passei o tempo todo em casa, sem fazer nada de interessante, apenas desejando estar em casa, junto com a família.


Estou muito satisfeita com o meu trabalho e com as pessoas que fazem parte dele, mas é que Salvador, definitivamente não é a “minha praia”.


O certo é que meu coração gosta mesmo é do interior, do sertão...

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Adivinha quem é essa??? hahahahahaha

Desafio (Quadragésima) Up Date

Prezados Amigos,

Recebi de minha grande amiga e comadre (sou madrinha de Arthur) Valquíria, do blog “As peripécias do Reis”esse desafio que, segundo consta, foi "idealizado por ocasião da quaresma pelo autor do blog Confessionário Dum Padre sob o seguinte pensamento":
"O tempo da Quaresma é um tempo de descoberta da nossa identidade como cristãos. É um tempo de encontro conosco próprios e com Deus. É um tempo especial de introspecção e reflexão. Porque não havemos de o fazer aqui, na net, e de uma forma mais comunitária, ajudando-nos uns aos outros?! Deste objectivo nasceu em 2008 esta proposta, a “quadragesima.com”. Este ano julguei oportuno lançá-la de novo, em moldes ligeiramente diferentes. "
Para melhor organizar o desafio, o Confessionário Dum Padre criou três equipes (chamadas de "frentes") que seguirão "trilhas" diferentes na blogosfera visando o alcance do maior número de pessoas. A primeira é a "Frente Adão", a segunda é a "Frente Abraão" e a terceira é a "Frente David".CUMPRINDO O DESAFIO

As regras desse desafio são:

=> Retirar da Bíblia uma citação (curta) que defina seu relacionamento com Deus.
=> Transcrever as citações dos blogs que anteriormente aceitaram o desafio, linkando-os.
=> Convidar um outro blogueiro (apenas um) para dar continuidade ao desafio, não esquecendo de avisá-lo. O desafio pode ser rejeitado, tendo-se o cuidado de gentilmente avisar ao blogueiro que o indicou para que o desafio tenha continuidade. Cada blogueiro só pode aceitar o desafio apenas uma vez.

O desafio será encerrado no dia 22 de abril (Sexta-Feira Santa), às 12 horas, ficando sob a responsabilidade do último blogueiro a receber o desafio repassar todas as citações para o Confessionário Dum Padre para que todas sejam reunidas em uma única postagem.

Citação inicial:

“E tu, quem dizes que Eu sou?” Mc 8:28 - Confessionário Dum Padre

Citações anteriores da "Frente David":

"Mestre, para quem iremos nós? Só tu tens as palavras que dão a vida eterna." Jo 6:68 - Coisas de Mim

"...Então, nem uma hora pudeste velar comigo?" Mt 26:40 Para Que Nunca Me Esqueça

"...(Senhor) Volta-te para mim, e tem misericórdia de mim; dá a tua fortaleza ao teu servo, e salva ao filho da tua serva." (Sl. 86:16) As Peripécias do Rei

Minha citação:

“e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém.” (Mt 28:20) Mala de Mão

Blogueiro convidado: Danileide Pinheiro

quinta-feira, 7 de abril de 2011

UM SILÊNCIO E UMA ORAÇÃO PELOS "BRASILEIRINHOS" DO RIO DE JANEIRO

Hoje estamos todos com o coração de luto pela tragédia naquela escola do Rio de Janeiro.
Meu coração se une ao daqueles pais e amigos que perderam seus entes tão jovens ainda, com tanta vida pela frente.
Não há muito o que dizer ou ainda não me sinto preparada para falar qualquer coisa sobre isso.
Beijo no coração.
 

Deixe a Raiva Secar...

Recebi este e-mail de minha comadre Valquíria As Peripécias do Rei e decidi compartilhar com vcs.
Sinceramente, creio que preciso aprender a fazer isso em minha vida....



Mariana ficou toda feliz porque ganhou de presente um joguinho de chá, todo azulzinho, com bolinhas amarelas.
No dia seguinte, Júlia sua amiguinha, veio bem cedo convidá-la para brincar.
Mariana não podia, pois iria sair com sua mãe naquela manhã.
Júlia então, pediu a coleguinha que lhe emprestasse o seu conjuntinho de chá para que ela pudesse brincar sozinha na garagem do prédio.
Mariana não queria emprestar, mas, com a insistência da amiga, resolveu ceder, fazendo questão de demonstrar todo o seu ciúme por aquele brinquedo tão especial.
Ao regressar do passeio, Mariana ficou chocada ao ver o seu conjuntinho de chá jogado no chão.
Faltavam algumas xícaras e a bandejinha estava toda quebrada.
Chorando e muito nervosa, Mariana desabafou:
"Está vendo, mamãe, o que a Júlia fez comigo?
Emprestei o meu brinquedo, ela estragou tudo e ainda deixou jogado no chão.
Totalmente descontrolada, Mariana queria, porque queria, ir ao apartamento de Júlia pedir explicações.
Mas a mãe, com muito carinho ponderou:
"Filhinha, lembra daquele dia quando você saiu com seu vestido novo todo branquinho e um carro, passando, jogou lama em sua roupa?
Ao chegar em casa você queria lavar imediatamente aquela sujeira, mas a vovó não deixou.
Você lembra o que a vovó falou?
Ela falou que era para deixar o barro secar primeiro. Depois ficava mais fácil limpar.
Pois é, minha filha, com a raiva é a mesma coisa.
Deixa a raiva secar primeiro..
Depois fica bem mais fácil resolver tudo.
Mariana não entendeu muito bem, mas resolveu seguir o conselho da mãe e foi para a sala ver televisão.
Logo depois alguém tocou a campainha..
Era Júlia, toda sem graça, com um embrulho na mão.
Sem que houvesse tempo para qualquer pergunta, ela foi falando:
"Mariana, sabe aquele menino mau da outra rua que fica correndo atrás da gente?
Ele veio querendo brincar comigo e eu não deixei.
Aí ele ficou bravo e estragou o brinquedo que você havia me emprestado.
Quando eu contei para a mamãe ela ficou preocupada e foi correndo comprar outro brinquedo igualzinho para você.
Espero que você não fique com raiva de mim.
Não foi minha culpa."
"Não tem problema, disse Mariana, minha raiva já secou."
E dando um forte abraço em sua amiga, tomou-a pela mão e levou-a para o quarto para contar a história do vestido novo que havia sujado de barro.
Nunca tome qualquer atitude com raiva.
A raiva nos cega e impede que vejamos as coisas como elas realmente são.
Assim você evitará cometer injustiças e ganhará o respeito dos demais pela sua posição ponderada e correta.
Diante de uma situação difícil. Lembre-se sempre:
Deixe a raiva secar.

Que Jesus abençõe sua vida!

terça-feira, 5 de abril de 2011

A ciência da felicidade

Visitando o blog de um ex professor e brilhante advogado de minha Juazeiro, Luiz Antonio, encontrei este texto e não pensei duas vezes antes de republicá-lo aqui. É um texto enorme, mas muito interessante.

A busca da felicidade


Nos últimos anos, cada vez mais pesquisadores têm tentado descobrir o que faz as pessoas felizes. Veja como essas pesquisas podem melhorar sua vida.


Felicidade é um truque. Um truque da natureza concebido ao longo de milhões de anos com uma só finalidade: enganar você. A lógica é a seguinte: quando fazemos algo que aumenta nossas chances de sobreviver ou de procriar, nos sentimos muito bem. Tão bem que vamos querer repetir a experiência muitas e muitas vezes. E essa nossa perseguição incessante de coisas que nos deixem felizes acaba aumentando as chances de transmitirmos nossos genes. "As leis que governam a felicidade não foram desenhadas para nosso bem-estar psicológico, mas para aumentar as chances de sobrevivência dos nossos genes a longo prazo", escreveu o escritor e psicólogo americano Robert Wright, num artigo para a revista americana Time.


A busca da felicidade é o combustível que move a humanidade - é ela que nos força a estudar, trabalhar, ter fé, construir casas, realizar coisas, juntar dinheiro, gastar dinheiro, fazer amigos, brigar, casar, separar, ter filhos e depois protegê-los. Ela nos convence de que cada uma dessas conquistas é a coisa mais importante do mundo e nos dá disposição para lutar por elas. Mas tudo isso é ilusão. A cada vitória surge uma nova necessidade. Felicidade é uma cenoura pendurada numa vara de pescar amarrada no nosso corpo. Às vezes, com muito esforço, conseguimos dar uma mordidinha. Mas a cenoura continua lá adiante, apetitosa, nos empurrando para a frente. Felicidade é um truque.


E temos levado esse truque muito a sério. Vivemos uma época em que ser feliz é uma obrigação - as pessoas tristes são indesejadas, vistas como fracassadas completas. A doença do momento é a depressão. "A depressão é o mal de uma sociedade que decidiu ser feliz a todo preço", afirma o escritor francês Pascal Bruckner, autor do livro A Euforia Perpétua. Muitos de nós estão fazendo força demais para demonstrar felicidade aos outros - e sofrendo por dentro por causa disso. Felicidade está virando um peso: uma fonte terrível de ansiedade.


Esse assunto sempre foi desprezado pelos cientistas. Mas, na última década, um número cada vez maior deles, alguns influenciados pelas idéias de religiosos e filósofos, tem se esforçado para decifrar os segredos da felicidade. A idéia é finalmente desmascarar esse truque da natureza. Entender o que nos torna mais ou menos felizes e qual é a forma ideal de lidar com a ansiedade que essa busca infinita causa. Veja nas próximas páginas o que eles já descobriram.



Três caminhos


Um dos motivos pelos quais a felicidade é tão difícil de alcançar é que nem sabemos bem o que ela é (veja algumas tentativas de defini-la no quadro da página 52). Daí a importância das pesquisas do psicólogo americano Martin Seligman, da Universidade da Pensilvânia. Seligman concluiu que felicidade é na verdade a soma de três coisas diferentes: prazer, engajamento e significado.


Prazer você sabe o que é. Trata-se daquela sensação que costuma tomar nossos corpos quando dançamos uma música boa, ouvimos uma piada engraçada, conversamos com um bom amigo, fazemos sexo ou comemos chocolate. Um jeito fácil de reconhecer se alguém está tendo prazer é procurar em seu rosto por um sorriso e por olhos brilhantes. Já engajamento é a profundidade de envolvimento entre a pessoa e sua vida. Um sujeito engajado é aquele que está absorvido pelo que faz, que participa ativamente da vida. E, finalmente, significado é a sensação de que nossa vida faz parte de algo maior.


A vantagem de dividir a felicidade em três é que assim fica mais fácil definirmos nossos objetivos. "Buscar a felicidade" é uma meta meio vaga, fica difícil até de saber por onde começar. Mas, se você se conscientizar de que basta juntar essas três coisas - prazer, engajamento e significado - para a felicidade vir de brinde, a tarefa torna-se menos penosa. Seligman acha que um dos maiores erros das sociedades ocidentais contemporâneas é concentrar a busca da felicidade em apenas um dos três pilares, esquecendo os outros. E geralmente escolhemos justo o mais fraquinho deles: o prazer. "Engajamento e significado são muito mais importantes", disse ele numa entrevista à Time. Como então alcançá-los? (Veja algumas dicas práticas para ser feliz, no quadro à direita.)


Comecemos pelo engajamento. Algumas pessoas são capazes de se engajar em tudo: entram de cabeça nos romances, doam-se ao trabalho, dão tudo de si a todo momento. Isso é raro e nem sempre é bom (inclusive porque gente engajada demais tende a negligenciar outros aspectos da vida, em especial o prazer). Ninguém precisa ir tão longe, mas o esforço de estar atento ao mundo, participando da vida, vale a pena.


Mihaly Csikszentmihalyi (pronuncie "txicsentmirrái"), pesquisador da Universidade de Chicago, nos Estados Unidos, estuda um fenômeno cerebral chamado "fluxo", que ocorre quando o engajamento numa atividade torna-se tão intenso que dá aquela sensação boa de estar completamente absorto, a ponto de esquecer do mundo e perder a noção do tempo. Ou seja, é um estado de alegria quase perfeita. Esse fenômeno acontece com monges em estado de meditação, mas também em situações muito mais comuns, como ao tocar um instrumento, andar de bicicleta ou até mesmo ao consertar a estante da casa. Um outro pesquisador, o americano Richard Davidson, da Universidade de Wisconsin, observou em laboratório que as pessoas em estado de fluxo ativam uma região do cérebro chamada córtex pré-frontal esquerdo, o que pode ter uma série de efeitos no organismo, inclusive um melhor funcionamento do sistema imunológico. Ao longo de um estudo realizado na Holanda, pessoas que entraram em fluxo tiveram seu risco de morte reduzido em 50%, por reagirem melhor a doenças.


E como se entra no tal fluxo? Csikszentmihalyi afirma que o segredo é buscar atividades nas quais se possa usar todo o seu talento. Tem de ser um desafio não muito fácil a ponto de ser entediante, nem tão difícil que se torne frustrante. Procurar experiências desse tipo é recompensador e traz níveis bem altos de felicidade. Claro que infelizmente nem todo mundo tem a sorte de encontrar desafios assim no trabalho. Nesse caso, um hobby pode ajudar na busca por engajamento e por momentos de fluxo - pode tanto ser uma atividade manual ou intelectual quanto um esporte.


Quanto ao terceiro pilar da felicidade, o significado, o jeito tradicional de conquistá-lo é via religião. Há milênios, a humanidade encontra alento na crença de que cada um de nós faz parte de uma ordem maior. Pesquisas mostram que as pessoas religiosas consideram-se, na média, mais felizes que as não-religiosas - elas também têm menos depressão, menos ansiedade e suicidam-se menos. A crença de que Deus está nos observando, nas palavras do psicólogo e estudioso da religião Michael McCullough, da Universidade de Miami, é uma espécie de "equivalente em grande escala do pensamento 'se eu não conseguir pagar o aluguel, meu pai vai ajudar'". Ou seja, é um conforto, uma garantia de que, no final, as injustiças serão corrigidas e nossos esforços, reconhecidos.


Mas a religião não é a única forma de dar significado à vida. Um truque eficaz para ficar mais feliz é fazer o bem para os outros - visitar um orfanato, ajudar uma criança a fazer a lição de casa, dar um presente útil. E isso não é conversa mole. Seligman mediu em laboratório os efeitos do altruísmo e percebeu que um único ato de bondade pode melhorar efetivamente os níveis de felicidade de uma pessoa por até dois meses. Cinco atos de bondade por semana turbinaram sensivelmente o astral dos cobaias - e, quando todos os cinco foram realizados num mesmo dia, o benefício foi ainda maior. Também se alcança significado construindo algo que pode sobreviver a você. O exemplo clássico é criar filhos. Uma outra dica é acreditar que sua vida é importante para alguma grande causa: a história, a ciência, a justiça social, a democracia, a liberdade, o progresso, a natureza. Ou seja, é útil crer em algo, mesmo que não seja em Deus.


Para terminar, há uma regra da qual especialista nenhum discorda: ter amigos (e nem precisam ser muitos) ajuda a ser feliz. Amigos contam pontos nos três critérios: trazem, ao mesmo tempo, prazer, engajamento e significado para nossas vidas.




Ser infeliz é preciso


Ok, já temos a receita da felicidade. Basta juntar prazer, engajamento e significado e nossa vida se resolve para sempre? Ah, se fosse assim tão simples. A felicidade, como não cansam de repetir os poetas e os chatos, é breve. Ainda bem. Felicidade, por definição, é um estado no qual não temos vontade de mudar nada. Ou seja, se passássemos tempo demais assim, nossas vidas estacionariam. A busca da felicidade é o que nos empurra para a frente - se agarramos a cenoura, paramos de correr e a brincadeira perde completamente a graça. Portanto, um pouco de ansiedade, de insatisfação, é perfeitamente saudável.


"Felicidade é projetada para evaporar", escreveu Robert Wright. E, segundo ele, há uma razão evolutiva para isso também: "se a alegria que vem após o sexo não acabasse nunca, então os animais copulariam apenas uma vez na vida". Mora aí um dos grandes problemas atuais. Muita gente acredita que é possível viver uma existência só de altos, sem nenhum ponto baixo, sem tristeza, sem sofrimento. E alguns estão dispostos a conseguir isso sem esforço algum, só à custa de antidepressivos.


Isso é conversa de cientista, mas alguns religiosos, em especial os budistas, já afirmam algo parecido há muito tempo. Um de seus preceitos básicos é o de que "a vida é sofrimento". Coisa chata, né? Talvez, mas ter consciência de que o sofrimento é inevitável pode ajudar a trazer felicidade, e certamente diminui a ansiedade. O conselho do dalai-lama é que, quando as coisas estiverem mal, em vez de se entregar à infelicidade ou tentar apenas minimizar os sintomas, você respire fundo e tente descobrir o porquê da situação.


Segundo ele, grande parte da dor é criada por nós mesmos, pela nossa inabilidade de lidar com a tristeza e pela sensação de que somos obrigados a ser sempre felizes. Ao encarar o sofrimento de frente e identificar as suas causas reais, você estará dando um passo na direção do autoconhecimento, o que vai lhe permitir entender quais seus objetivos na vida, quais seus valores. Para usar a terminologia de Seligman, esse autoconhecimento dará a você mais clareza sobre que tipo de atividades lhe traz prazer, engajamento e significado. Ou seja, são esses momentos ruins que criarão condições para você correr atrás da sua própria realização - individual, pessoal e intransferível.




Cada um é cada um


É aí que está o pulo-do-gato. Não existe uma fórmula da felicidade que funcione com todo mundo - é justamente nisso que os livros de auto-ajuda costumam falhar. Cada pessoa é diferente e reage à vida de modo diferente. Foi essa a conclusão do estudo realizado em 1996 pelo pesquisador David Lykken, da Universidade de Minnesota. Ele comparou dados sobre 4 000 pares de gêmeos idênticos e percebeu que, na maioria dos casos, quando um tem tendência a ver o mundo de modo otimista, o outro tem também - e quando um é pessimista o outro é igual. Ou seja, existe um forte componente genético na nossa tendência a ser feliz. Não que isso seja uma grande surpresa. Qualquer pai ou mãe sabe que algumas crianças nascem com vocação para o sorriso, enquanto outras são simplesmente muito mais difíceis de agradar.


Nas últimas décadas, apareceram muitas evidências de que nós tendemos a manter um "nível de felicidade" constante ao longo de nossas vidas - e nem mesmo grandes acontecimentos parecem capazes de alterar bruscamente esse nível. Um exemplo disso é a pesquisa conduzida pelo psicólogo Richard Lucas, da Universidade do Estado de Michigan, Estados Unidos. Lucas passou 15 anos entrevistando solteiros e casados na Alemanha e pedindo que eles dessem notas de 0 a 10 para seu estado de felicidade. Os solteiros tinham média 7,28. No momento em que eles casavam, o valor aumentava muito: para perto de 8,5. Mas dois anos depois a média já era de exatamente 7,28 outra vez. Ou seja, a longo prazo, o casamento parece não mudar - para melhor ou para pior - o nível de felicidade.


O mesmo vale para outros acontecimentos radicalmente transformadores - para o bem ou para o mal. Um estudo com ganhadores da loteria realizado em 1978 mostrou que esses felizardos têm picos de felicidade logo após o prêmio, mas tendem a voltar aos níveis anteriores alguns meses depois. Algo equivalente parece acontecer com pessoas que ficam paraplégicas em acidentes. Elas passam por um período de infelicidade, mas dois meses depois recuperam níveis quase tão altos quanto os anteriores ao acidente.


Esse acúmulo de dados levou alguns especialistas a afirmarem que a felicidade é algo imutável. Oito anos atrás, o pesquisador Lykken criou polêmica ao afirmar publicamente que "parece que tentar se tornar mais feliz é tão fútil quanto tentar se tornar mais alto". Hoje até ele próprio reconhece que essa afirmação foi, no mínimo, exagerada. Parece que uma analogia melhor para a felicidade é compará-la com o peso. Cada um de nós tem um biotipo diferente - uma tendência para ser mais ou menos gordo. Mas é claro que os nossos hábitos e a nossa postura têm uma grande influência sobre o número que aparece na balança. É a mesma coisa com a felicidade: temos uma tendência natural para um certo nível. Mas fazer regime funciona.




Uma questão de desejo


Um exemplo do quanto podemos alterar nossa predisposição genética para a felicidade é a forma como lidamos com nossos desejos. Existem duas maneiras de alcançar a felicidade: possuindo mais ou desejando menos. Se a felicidade é a cenoura, a vara na qual ela está pendurada é o que chamamos de desejo. E estamos fazendo varas cada vez mais compridas.


Veja o caso dos países ricos. "Nos Estados Unidos e na Europa, há uma sensação de desapontamento, pois se está percebendo que existe um limite para a satisfação que a sociedade e os bens materiais trazem", diz o economista e filósofo Eduardo Giannetti, autor do ótimo livro Felicidade. Nos Estados Unidos, desde a Segunda Guerra Mundial, todos os indicadores econômicos e sociais melhoraram sem parar. A renda triplicou, o tamanho das casas dobrou e o acesso aos bens materiais cresceu tanto, que hoje há mais carros nas garagens do que habitantes no país. Ainda assim, o índice nacional de felicidade não cresceu um milímetro sequer. O Centro de Pesquisas de Opinião Nacional dos Estados Unidos entrevista periodicamente os americanos desde os anos 50 - e o resultado é invariavelmente o mesmo (um terço deles se considera "muito feliz").


Há uma razão para isso: os americanos querem cada vez mais. Seus desejos não páram de crescer. Ou seja, a cenoura está cada vez mais apetitosa, mas também mais distante. Demandas crescentes são a condição essencial para manter a economia funcionando. A lógica do capitalismo é criar necessidades, para então satisfazê-las - não por acaso, esse país de insatisfeitos é o mais rico do mundo. Precisamos das coisas a partir do momento em que elas estão disponíveis e isso vale tanto para produtos quando para idéias. Quando vemos pessoas lindas, maquiadas e malhadas nas capas das revistas, e aparelhos de som inacreditáveis nos anúncios, fica difícil nos satisfazer com nosso visual comum e com o walkman velho mas honesto. Acontece que a felicidade não está diretamente ligada aos bens materiais. Ed Diener, da Universidade de Illinois, estudioso do assunto há 25 anos, avaliou o nível de felicidade das 400 pessoas mais ricas do mundo segundo a revista Forbes, e concluiu que elas estão rigorosamente empatadas com os pastores maasai da África.


Para complicar, temos cada vez mais opções. Na época em que a prateleira da farmácia abrigava apenas xampu para cabelos secos, normais ou oleosos, era fácil escolher um e ir para casa tranqüilo. Mas, quando na sua frente se enfileiram xampus de todas as procedências e preços, para cabelos ondulados, escuros, danificados, mistos, com pontas duplas, tingidos ou fracos, você não tem mais tanta segurança de que sua escolha foi a melhor. O mesmo acontece na hora de comprar um carro, creme dental ou comida congelada. Ou no momento de escolher um namorado ou uma profissão. "Muita gente fica simplesmente paralisada com tantas opções", diz o psicólogo americano Barry Schwartz em seu livro, The Paradox of Choice ("O Paradoxo da Escolha", não lançado no Brasil). Está aí uma fonte de frustração e ansiedade.


Em 2000, Sheena Iyengar e Mark Lepper, das Universidades de Columbia e Stanford, montaram em uma loja dois estandes com amostras de geléia, um com 24 opções de sabor e outro com apenas seis. O número de clientes que comprou o produto foi dez vezes maior no estande menos variado, ainda que o outro tenha atraído 50% mais gente. Por que isso acontece? Schwartz sugere que nessas situações as pessoas avaliam intuitivamente os "custos de oportunidade": uma escolha implica abrir mão de todas as outras opções. Quando há centenas de possibilidades, escolher uma só significa "perder" muito mais. E, no mundo de hoje, em que cada um tem acesso ao mundo inteiro pela internet e quase não há limites para os nossos desejos, parece inevitável ficar ansioso - e infeliz - com tudo isso.


Pesquisando o assunto, o psicólogo encontrou padrões de comportamento que permitem dividir as pessoas em dois grupos: as que procuram fazer escolhas apenas satisfatórias, sem tentar alcançar a perfeição, e as que não sossegam até que encontrem "a melhor opção de todas". As pessoas do segundo grupo costumam fazer escolhas melhores, é claro. Mas as do primeiro ficam mais felizes com suas decisões. "A solução é diminuir o número de opções ou melhorar nossa maneira de fazer escolhas", diz Schwartz.


Então tá. Mas será que sabemos fazer as melhores escolhas para nossa vida? Segundo os pesquisadores Daniel Gilbert, Tim Wilson, George Loewenstein e Daniel Kahneman, a resposta é não. Decisões são tomadas tendo como base nossa previsão de como cada opção vai afetar nossas vidas. Porém, segundo eles, temos uma dificuldade enorme para avaliar o quanto um acontecimento vai nos deixar felizes ou infelizes.


Nós superestimamos a intensidade e a duração das nossas reações emocionais, ao mesmo tempo que subestimamos nossa capacidade de adaptação. Lembra da história dos ganhadores da loteria e acidentados paraplégicos que logo voltam ao nível normal de felicidade? Pois então: somos capazes de nos acostumar com quase tudo. Damos importância demais a escolhas que não são tão definitivas assim e esquecemos que uma decisão "errada" não é o fim do mundo. É uma questão de colocar limites nos nossos desejos. Em outras palavras, ser feliz é muito mais simples do que se pensa.




Simples? Então explique


Tem uma idéia central: não leve tudo tão a sério. "Leveza" é a palavra-chave. Não quer dizer que todos devamos instalar um sorriso permanente no rosto e começar a achar bom tudo o que acontece. Leveza significa entender que até as melhores sensações têm fim, assim como não há aborrecimento que dure para sempre. Não é para se tornar um bobo-alegre: às vezes as circunstâncias nos obrigam a reagir de jeito negativo, e isso não é necessariamente ruim.


Gianetti chama atenção para a diferença entre "ser feliz" e "estar feliz". "Existem pessoas que levam uma vida cheia de momentos de prazer, mas que não têm um caminho ou um significado. No extremo contrário estão aqueles que abrem mão do 'estar feliz' por só pensar no futuro e viver com prudência demais". Talvez o melhor caminho esteja entre esses dois. Atingir esse equilíbrio não é moleza e infelizmente não há fórmula mágica nem manual completo. O lance é prestar atenção a si mesmo e ir mudando aos pouquinhos. "As transformações mentais demoram e não são fáceis. Demandam um esforço constante", aconselha o dalai.


Felicidade não é um fim em si, e sim uma conseqüência do jeito que você leva a vida. As pessoas que procuram receitas e respostas complicadas para ela acabam perdendo de vista os pequenos prazeres e alegrias. É o dia-a-dia de uma pessoa e a maneira como ela reage às situações mais banais que definem seu nível de felicidade. Ou, para resumir tudo: um jeito garantido de ser feliz é se preocupando menos em ser feliz.

A ciência da felicidade (Superinteressante 212)

Frase do dia

“O desenvolvimento humano só existirá se a sociedade civil afirmar cinco pontos fundamentais: igualdade, diversidade, participação, solidariedade e liberdade." (Herbert de Souza – Betinho)

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Você é um profissional proativo? (por Reginah Araújo)

Proativo é o profissional que enxerga além do que vê e busca sempre se atualizar.


Aquela pessoa que não tem medo de errar e que pensa sempre na frente. Prevê as necessidades e resolve problemas, antevê os conflitos e os resolve de pronto. Não tem soluções prontas, cria uma para cada situação.


Uma pessoa equilibrada e feliz, já que não deixa nada para trás e administra bem seu tempo, sem deixar que trabalhos e retrabalhos deixem seu dia estressante. Também é motivado já que não recebe advertências, muito menos chamadas de prazo estourado.

Ele tem "atitude".


É dono do seu tempo, piloto de sua aeronave e não fica em cima do muro esperando as coisas acontecerem. Sabe que uma das únicas coisas que todo ser humano possui, igual para todas as pessoas, mesmo o Presidente, o Papa, Silvio Santos ou um mendigo, são as 24 horas do dia.


A maneira como determina seu dia é que realmente faz a diferença entre o profissional proativo ou não. Você sabe que diferença faz no resultado final global (corporativo) contar com pessoas que tenham atitude no trabalho?


Toda diferença. Pessoas proativas estão sempre adiante do seu tempo, fazem as coisas acontecerem e mudam a história de qualquer empresa.


E como se diferencia um profissional com iniciativa de um procrastinador?


Segundo o Dicionário Aurélio, procrastinar quer dizer "transferir para outro dia; adiar, delongar, demorar".


Quantas vezes você deixou alguma coisa para depois e a oportunidade passou? Quantas ideias você teve, não implementou e quando desejou implementá-las já não tinham mais a validade de quando as concebeu? Quantos negócios e oportunidades você perdeu por esperar demais?


O profissional de atitude se torna útil e todos o procuram, respeitam, pedem sua opinião. Aquele procrastinador está sempre adiando trabalho, respostas e reuniões; as pessoas, com o tempo, passam a ignorá-lo e ele não se torna mais necessário.


Eu percebo logo uma pessoa assim quando ligo e a pessoa não atende de pronto.


Ou está em reunião, ou numa outra ligação, ou está ocupada e retorna em um minutinho. E muitas vezes este minutinho demora dias, semanas, meses e dezenas de retornos sem sucesso.


Não é mais fácil atender e resolver em um minuto, mesmo que seja para dizer: “olha, o seu produto, sua proposta, não me interessam!”


As pessoas merecem respeito.


Sempre digo que, se precisar de um favor de alguém, peça-o para alguém muito ocupado; com certeza ele vai arrumar tempo para te atender, enquanto outros...


Mas de onde tirar motivação para adotar esta postura "pra frente”?

De dentro de nós. A empresa, família, amigos não têm a responsabilidade sobre nosso sucesso profissional. Estar sempre antenado e sair à frente em decisões, saber das informações atuais e buscar soluções é muito importante para criar uma atmosfera favorável. A automotivação é fundamental a todos.


Fazer cursos, assistir palestras, ler livros, conversar com pessoas inteligentes e que acrescentem é o caminho para estar sempre motivado e proativo.


E como os líderes podem incentivar esta postura em seus subordinados?


Dica um - motivando-os através de treinamentos, criando uma biblioteca na empresa, em que eles poderão receber prêmios através do numero de livros lidos mensalmente.


Dica dois - buscar a responsabilidade social, trazer para a empresa algum projeto no qual os funcionários se responsabilizem por alguma instituição e trabalhem no mesmo objetivo.


Dica três - criar o funcionário do mês, quando eles serão avaliados através de suas ações e serão premiados pelas atitudes positivas e proativas durante o mês.


Dica quatro - exterminar a procrastinação (empurrar com a barriga). E como exercitar uma postura proativa no dia a dia? Quer algumas dicas?


Primeiro, levantar de manhã como se fosse para uma festa! Procure manter-se feliz e buscar maneiras de obter somente pensamentos positivos.


Segundo, não deixe NADA para depois, mantenha uma agenda sempre a mão e coloque TUDO mesmo anotado de forma clara e sempre atual.


Terceiro, exerça o follow-up – verifique pela manhã as tarefas que não conseguiu realizar no dia anterior e procure executá-las em primeiro lugar neste dia.


Quarto, saiba delegar tarefas. Cobre através do dead line (último prazo). Anote em uma planilha data, nome, ação e data da devolutiva.


Ao solicitar uma determinada tarefa de alguém anote no seu dead line e peça para a outra pessoa anotar também. Sempre pergunte qual a data a ser entregue, no dia, peça para que acompanhe o seu dead line e verifique se cumpriu o prazo; caso não tenha conseguido, pergunte qual o novo prazo de que necessita.


O dead line é interessante até mesmo para nós, pois podemos nos policiar para que não deixemos as coisas para trás.


Quinto, quando possuir um problema que não consegue solucionar, faça um brainstorming (chuva de ideias).


Anote pelo menos dez maneiras diferentes de resolver o mesmo problema, não questione muito, deixe sua mente criar sem restrições e só depois verifique qual solução poderá ser desenvolvida.


Boa Proatividade!


Fonte: Jornal Carreira e Sucesso – 411ª Edição

PS.: Postar este artigo não significa que eu concordo com todo o seu teor.


sexta-feira, 1 de abril de 2011

O Sucesso consiste em não fazer inimigos

Max Gehringer - Administrador de empresas e escritor, autor de diversos livros sobre carreiras e gestão empresarial, nos prestigia com mais um artigo brilhante.


Nas relações humanas no trabalho, existem apenas 3 regras:

Regra número 1:
Colegas passam, mas inimigos são para sempre. A chance de uma pessoa se lembrar de um favor que você fez a ela vai diminuindo à taxa de 20% ao ano. Cinco anos depois, o favor será esquecido. Não adianta mais cobrar. Mas a chance de alguém se lembrar de uma desfeita se mantém estável, não importa quanto tempo passe. Exemplo: Se você estendeu a mão para cumprimentar alguém em 1999 e a pessoa ignorou sua mão estendida, você ainda se lembra disso em 2009.


Regra número 2:
A importância de um favor diminui com o tempo, enquanto a importância de uma desfeita aumenta. Favor é como um investimento de curto prazo. Desfeita é como um empréstimo de longo prazo. Um dia, ele será cobrado, e com juros.


Regra número 3:
Um colega não é um amigo. Colega é aquela pessoa que, durante algum tempo, parece um amigo. Muitas vezes, até parece o melhor amigo. Mas isso só dura até um dos dois mudar de emprego. Amigo é aquela pessoa que liga para perguntar se você está precisando de alguma coisa. Ex-colega que parecia amigo é aquela pessoa que você liga para pedir alguma coisa, e ela manda dizer que no momento não pode atender.

Durante sua carreira, uma pessoa normal terá a impressão de que fez um milhão de amigos e apenas meia dúzia de inimigos. Estatisticamente, isso parece ótimo. Mas não é. A 'Lei da Perversidade Profissional' diz que, no futuro, quando você precisar de ajuda, é provável que quem mais possa ajudá-lo é exatamente um daqueles poucos inimigos.

Portanto, profissionalmente falando, e pensando a longo prazo, o sucesso consiste, principalmente, em evitar fazer inimigos. Porque, por uma infeliz coincidência biológica, os poucos inimigos são exatamente aqueles que têm boa memória.

"Na natureza não existem recompensas nem castigos. Existem consequências."

quarta-feira, 30 de março de 2011

Atitude é Tudo

Outro dia, recebi essa mensagem por e-mail de uma amiga e colega de trabalho.


Ao ler a mensagem, percebi como simples iniciativas pordem tornar nossas vidas muito mais felizes e cheias de harmonia.


Escrevi e colei à minha frente, cinco "escolhas" diárias, que devo adotar:
  • Estar de bom humor
  • Fazer o bem sempre
  • Tratar bem às pessoas
  • Sorrir mais
  • Ver o lado bom das coisas
  • Ser solidária
  • Ser feliz
Confesso que não é fácil, mas um dia eu consigo.



ESCOLHAS

Luis era o tipo de cara que você gostaria de conhecer. Ele estava sempre de bom humor e sempre tinha algo de positivo para dizer.


Se alguém lhe perguntasse como ele estava, a resposta seria logo: "Ah... Se melhorar, estraga".

Ele era um gerente especial em um restaurante, pois seus garçons o seguiam de restaurante em restaurante apenas pelas suas atitudes.

Ele era um motivador nato. Se um colaborador estava tendo um dia ruim, Luis estava sempre dizendo como ver o lado positivo da situação.

Fiquei tão curioso com seu estilo de vida que um dia lhe perguntei: “Você não pode ser uma pessoa positiva todo o tempo. Como faz isso”?

Ele me respondeu: "A cada manhã, ao acordar, digo para mim mesmo: Luis, você tem duas escolhas hoje: Pode ficar de bom humor ou de mau humor. Eu escolho ficar de bom humor.

Cada vez que algo ruim acontece, posso escolher bancar a vítima ou aprender alguma coisa com o ocorrido. Eu escolho aprender algo.

Toda vez que alguém reclamar, posso escolher aceitar a reclamação ou mostrar o lado positivo da vida”.

“Certo, mas não é fácil” - argumentei.

“É fácil sim”, disse-me Luis. “A vida é feita de escolhas. Quando você examina a fundo, toda situação sempre oferece escolha. Você escolhe como reagir às situações. Você escolhe como as pessoas afetarão o seu humor. É sua a escolha de como viver sua vida.”

Eu pensei sobre o que o Luis disse e sempre lembrava dele quando fazia uma escolha.

Anos mais tarde, soube que Luis um dia cometera um erro, deixando a porta de serviço aberta pela manhã. Foi rendido por assaltantes. Dominado, e enquanto tentava abrir o cofre, sua mão tremendo pelo nervosismo, desfez a combinação do segredo. Os ladrões entraram em pânico e atiraram nele.

Por sorte foi encontrado a tempo de ser socorrido e levado para um hospital. Depois de 18 horas de cirurgia e semanas de tratamento intensivo, teve alta ainda com fragmentos de balas alojadas em seu corpo.

Encontrei Luis mais ou menos por acaso. Quando lhe perguntei como estava, respondeu: "Se melhorar, estraga".

Contou-me o que havia acontecido perguntando: "Quer ver minhas cicatrizes"?

Recusei ver seus ferimentos, mas perguntei-lhe o que havia passado em sua mente na ocasião do assalto.

“A primeira coisa que pensei foi que deveria ter trancado a porta de trás”, respondeu. “Então, deitado no chão, ensangüentado, lembrei que tinha duas escolhas: Poderia viver ou morrer. Escolhi viver"!

“Você não estava com medo?” Perguntei.

"Os para-médicos foram ótimos".Eles me diziam que tudo ia dar certo e que ia ficar bom. Mas quando entrei na sala de emergência e vi a expressão dos médicos e enfermeiras, fiquei apavorado. Em seus lábios eu lia: Esse aí já era". Decidi então que tinha que fazer algo.

“O que fez?” Perguntei.

“Bem.. Havia uma enfermeira que fazia muitas perguntas. Perguntou-me se eu era alérgico a alguma coisa.Eu respondi: "sim". Todos pararam para ouvir a minha resposta. Tomei fôlego e gritei; "Sou alérgico a balas"!

Entre risadas lhes disse: "Eu estou escolhendo viver, operem-me como um ser vivo, não como um morto".

Luis sobreviveu graças à persistência dos médicos... mas sua atitude é que os fez agir dessa maneira.

E com isso, aprendi que todos os dias, não importa como eles sejam, temos sempre a opção de viver plenamente.

Afinal de contas, "ATITUDE É TUDO!"

(desconheço o autor)

terça-feira, 29 de março de 2011

Sobre morte do ex-vice-presidente José Alencar

É com um sentimento de saudade e reconhecimento que comento a partida do vice-presidente José de Alencar do nosso convívio.

Um homem de nobreza e caráter ímpares. Um Político que nos faz sentir esperanças e confiar na bondade e na honestidade de muitos homens que adentram na vida pública.

Um cidadão quase sem nenhum estudo, que com suor e trabalho conseguiu se transformar num empresário de sucesso, conhecido, reconhecido e respeitado por todos.

Um ser humano de Fé, força, vontade de viver e aceitação dos desígnios de Deus indescritíveis.

Enfim, depois de mais de uma década de luta contra o câncer, José Alencar nos dá Adeus!

Vá, companheiro, que sua missão foi comprida.

Vá que seu exemplo de bondade, honestidade, lealdade, amizade e companheirismo ecoam por todo o Brasil!

Vá, brasileiro! Vá em Paz


segunda-feira, 28 de março de 2011

Viver/ Conviver

Outro dia ouvi de minha sobrinha Gardênia uma frase mais ou menos assim: "Quero me dedicar mais a você, Tia*. Adorei aquele dia em que ficamos conversando lá em sua casa".

(* Tia é como ela insiste em me chamar apenas para me provocar, já que a diferença de idade entre nós é de apenas 9 meses e ela sempre me chamou de Sara.)

Pois bem, essa frase de Gardênia me fez pensar no quanto nos afastamos das pessoas que gostamos por razões diversas: comodismo, orgulho, intolerância, etc etc etc

Apesar de amar Drummond, somente ano passado foi que conheci este poema LINDO que trata da convivencia entre os seres humanos.

Vamos ao que interessa:

O Homem e As Viagens (Carlos Drummond de Andrade)

O homem, bicho da terra tão pequeno

Chateia-se na terra

Lugar de muita miséria e pouca diversão,

Faz um foguete, uma cápsula, um módulo

Toca para a lua

Desce cauteloso na lua

Pisa na lua

Planta bandeirola na lua

Experimenta a lua

Coloniza a lua

Civiliza a lua

Humaniza a lua.

Lua humanizada: tão igual à terra.

O homem chateia-se na lua.

Vamos para marte — ordena a suas máquinas.

Elas obedecem, o homem desce em marte

Pisa em marte

Experimenta

Coloniza

Civiliza

Humaniza marte com engenho e arte.

Marte humanizado, que lugar quadrado.

Vamos a outra parte?

Claro — diz o engenho

Sofisticado e dócil.

Vamos a vênus.

O homem põe o pé em vênus,

Vê o visto — é isto?

Idem

Idem

Idem.

O homem funde a cuca se não for a júpiter

Proclamar justiça junto com injustiça

Repetir a fossa

Repetir o inquieto

Repetitório.

Outros planetas restam para outras colônias.

O espaço todo vira terra-a-terra.

O homem chega ao sol ou dá uma volta

Só para tever?

Não-vê que ele inventa

Roupa insiderável de viver no sol.

Põe o pé e:

Mas que chato é o sol, falso touro

Espanhol domado.

Restam outros sistemas fora

Do solar a colonizar.

Ao acabarem todos

Só resta ao homem

(estará equipado?)

A dificílima dangerosíssima viagem

De si a si mesmo:

Pôr o pé no chão

Do seu coração

Experimentar

Colonizar

Civilizar

Humanizar

O homem

Descobrindo em suas próprias inexploradas entranhas

A perene, insuspeitada alegria

De con-viver.

Tudo Passa

Certo dia um sacerdote percebeu a seguinte frase em um pergaminho pendurado aos pés da cama de seu mestre:  "isso também passa".


Com a curiosidade de cada ser humano resolveu perguntar:


"Mestre, o que significa essa frase?"


E o mestre sem titubear lhe responde: A vida nos prega muitas peças, que podem ser boas ou não.Mas tudo significa aprendizado.


Recebi esta mensagem de um anjo protetor num desses momentos de dor onde quase perdi a fé. Ela é para que todos os dias antes de me levantar e de me deitar possa ler e refletir, para que quando tiver um problema, antes de me lamentar eu possa me lembrar que "isso também passa".


E para quando estiver exaltado de alegria, que tenha moderação e possa encontrar o equilíbrio, pois "isso também passa". Tudo na vida é passageiro assim como a própria vida, tanto as tristezas como também as alegrias. Praticar a paciência e perseverar no bem e nas boas ações ter simplicidade, fé e pensamentos positivos mesmo perante as mais difíceis situações é saber viver e fazer da nossa vida um constante aprendizado.


É ter a consciência de que todas as pessoas erram, de que o ser humano ainda é um ser imperfeito em busca da perfeição e por isso até saber que se muitas vezes nos decepcionamos com pessoas é porque esperamos mais do que elas estão preparadas para dar, dentro de seu contexto e grau de compreensão.


Deste modo, meu amigo, toda vez que olho para essa frase, meu coração se aquieta e a paz me invade, pois sei que "isso também passa".